O (último) dia de um herói (?)

Olá!
Mais uma semana,e mais um post no blog!
Primeiramente queria agradecer à todos os comentarios (e elogios) ao blog e ao texto. Até minha namorada resolveu comentar no texto que foi feito pensando nela (bjos amor, te amo mto!).
Bom, mais uma semana e mais um blog amigo!
So que agora é especial pq essa pessoa já é minha amiga já faz um bom tempo e, só agora vi que ela tem um blog tb (isso pq comentou no meu, hoho!): Roberta Ribeiro e o "O Aprendizado É Eterno", mais um banner na seção blogs amigos!
O texto de hoje é bem diferente do anterior , que é mais romântico. Esse foi mais uma forma de relatar a vida e o descaso com a mesma. Bom, também não vou comentar (quase nunca faço isso com meus textos), prefiro que tirem suas próprias conclusões. Boa leitura!


Viver perigosamente não era prazer para ele. Mas já havia se acostumado a fazer seu trabalho em meio a corpos estendidos pelo chão, muitos destes, por causa dele. Ele tinha de cumprir seu dever. Fora (mal) pago para isso. Tinha uma mulher que o amava e um filho pelo qual zelar. Sustentar uma família destruindo outras não era nada fácil para ele.
Mas acreditava que as famílias já estavam destruídas e ele, era o encarregado de dar “paz” com um trágico final. Suas vítimas não eram inocentes, não para ele, eram aqueles que causavam a ruína de muitos lares por tornar seus consumidores, dependentes deles e de sua mercadoria. E ele lutava para impedir que esse comércio clandestino continuasse.
Mal sabia que aqueles que condenava, não tinham muita escolha, vivendo na margem e considerados esquecidos pela sociedade que ele tanto protegia. Mas não era culpado. Era apenas mais um peão no grande tabuleiro de xadrez manchado de sangue e lágrimas.
Devia subir na fortaleza de seus inimigos para eliminá-los. E ele fazia isso com o apoio de seus colegas de profissão, embora não soubesse qual deles partilhava do mesmo amor (temor) à farda que vestia. Sabia que, muitos ali, usavam-na apenas como um disfarce para encobrir seus erros e corrupções, mas esse não era ele.
Saíra de casa disfarçado e escondendo seu uniforme de trabalho. Tinha medo de ser reconhecido como protetor do povo. E tinha de esconder o orgulho de sê-lo. Todos os dias deixava em casa suas maiores conquistas, seus maiores tesouros: Sua esposa e seu filho, de apenas sete anos de idade, que tinha orgulho de ter um pai que lutava por ele.
Mais uma missão, mais uma tortura. E ele foi, com um outro de sua equipe invadir uma das casas que comerciava o mal em formato de pó. Conseguiram entrar, e lá estava o chefe do tal comércio. O tipo de sujeito de se sentir mais nojo do que medo. Mas ele não podia sentir, tinha de agir. Antes que fosse tarde demais.
Mas já era tarde.
Ele pensou estar salvo por ter seu companheiro e serem dois contra um. E eram dois contra um: contra ele. O tal homem que ali estava sorriu. Percebeu então que, aquele que deveria protegê-lo, seria o que iria matá-lo. E assim foi feito. Antes de morrer, ainda conseguiu cumprir seu objetivo e disparar contra o dono daquele lugar.
Fim da missão. E aquele que seria o vilão virou herói. Seu algoz fora quem dera a notícia para sua mulher e seu filho, logo após, para consolá-los. E aquela mulher não amaria mais. E aquele menino não sentia orgulho mais. Os papéis foram invertidos. Seu feito foi ocultado pelo mesmo que o matou, levando o crédito pelo fim de mais um bandido.E a ascensão de outro.