sábado, 10 de maio de 2008

Sábias estrelas de São Paulo (parte II)

   Olá. Desculpem a demora , é que meu pc teve alguns problemas com a conexão e, como esse ,além de ser um post importante, também é um pouco experimental, por colocar um player de MIDI no blog, o que não é nada fácil tendo o Opera como navegador. Mas consegui um player que funcione. Não sei se posto um capítulo por semana, vou tentar, mas caso não consiga, posto algum texto, ou simplesmente desculpas. 
    A música desse capítulo é a "Bad Day - Daniel Powter".
   Outra coisa que eu queria falar, eu mudei o banner do blog, pois o antigo era grande e eu prefiro algo mais simples. Também deletei o banner dos blogs inativos. Se alguém quiser uma parceria, ou uma simples troca de banners, envie o banner para o e-mail "gregory.vancher@gmail.com". Se o meu banner estiver no blog, eu retribuo.  Mas vamos deixar de papo sobre o blog, vamos à segunda parte do conto. Leiam e tirem suas próprias conclusões. 







    O despertador tocava acordando Beatriz. Eram seis da manhã de mais um novo dia de trabalho e sofrimento. Ela até gostava do novo emprego, seus colegas de trabalho a ajudavam e os freqüentadores do tal restaurante, nunca lhe causaram problemas. Sofrer era o maior problema, mas esse ela não sabia como curar. Seu coração parecia precisar de algo e a lembrá-la todo momento disso.

    Levantou e foi tomar seu banho apressadamente. Tomou seu café da manhã, preparado rapidamente por ela mesma, numa rotina que parecia piorar seu estado emocional. Arrumou-se e desceu do prédio, a caminho do serviço, afinal, apenas duas quadras de onde ela morava e lhe fazia bem andar para, momentaneamente, esquecer os recentes acontecimentos de sua vida.

    Ela havia sofrido bastante. Célio era o rapaz perfeito, ou parecia ser. Ele a levara a teatros, restaurantes, cinemas, mas o que realmente queria era levá-la para seu quarto. Beatriz não era acostumada a entregar-se tão cedo e, portanto resolvia esperar mais e mais. Mas Célio demonstrava sinais de impaciência, mesmo dizendo que esperaria que ela estivesse pronta.

    Até que ela se entregou, após um encontro marcado por uma peça de teatro e um jantar num restaurante japonês. Ele a levou para um dos motéis de São Paulo e lá, eles tiveram sua primeira noite. Primeira e última. Ao acordar, ela encontrara um bilhete na cama dizendo:

“Adorei a noite, mas não quero repetir a dose. Você me custou muito caro, princesa. E pra não dizer que sou mão-de-vaca, o motel está pago.
Ass.: Célio”

    Sofrer ela não queria mais. E, com uma lágrima do passado rapidamente removida, entrou no restaurante e foi se trocar para começar a trabalhar no turno da manhã, que ia até às 14h.

    Rômulo havia acordado tarde. Às dez estava abrindo os olhos pela primeira vez no dia. Não tinha pressa. Deveria aproveitar a manhã, tomar um café e apreciar o dia. Mas apreciar era algo que ele não fazia há muito.

    Resolveu tomara seu café no quarto e, ainda com o roupão do banho matinal, apanhou seu jornal e começou a folheá-lo. Rômulo sabia que nada havia de interessante naquele jornal, nem em qualquer outro. Nem em sua vida. Mas algo precisaria mudar.

    Quando terminou sua leitura já eram 12:30h. E pensou em almoçar. Já se dirigia para a cozinha quando subitamente teve uma vontade: Queria almoçar fora de casa. Procurou na internet um lugar que fosse perto de sua casa e encontrou um restaurante que, de certa forma, chamou-lhe a atenção. Arrumou-se, pegou o carro e se dirigiu ao tal local.

    Chegou no restaurante e achou o lugar acolhedor. Como se sentisse estar no lugar certo. Procurou uma mesa e sentou-se, esperando por ser atendido.

    Beatriz acompanhou cada passo daquele homem. Seu turno acabaria em 30 minutos, mas ela sentia poder continuar o expediente somente para vê-lo. Achou estranha essa sensação e tratou de atendê-lo prontamente.

    Rômulo já não sabia mais se queria almoçar. Aquela mulher, Beatriz, o atraía somente de estar perto dele. Como se estivesse magnetizado, hipnotizado. Ela era linda: por volta de 1,70m, magra, loira com o cabelo na altura da cintura e com olhos da cor do mel. A pele branca combinava perfeitamente com o uniforme e realçava seu corpo por inteiro. Mas não era a beleza de Beatriz que Rômulo apreciava, ele sentia que deveria conhecer Beatriz, devia apaixonar-se por Beatriz, se é que já não estivesse.

    Beatriz anotou o pedido, mas relutava em sair de perto dele, Rômulo. Levou seu profissionalismo mais a sério e afastou-se, mesmo ainda olhando algumas vezes para ele. Ele parecia ter algo especial que ela necessitava saber o que era. A forma gentil com a qual se apresentou, mesmo sem ser necessário. A forma como a olhou e o sorriso de Rômulo pairavam por sobre os pensamentos de Beatriz. Ela não sabia explicar o porquê de estar assim, ou sabia, mas tentava disfarçar, enquanto esperava a próxima chance de se aproximar de Rômulo.

    E aquele restaurante havia mudado naquele dia. Algo de intrigante e mágico parecia dançar invisível no ar. Nenhum dos clientes, atarefados ou apenas conversando, parecia perceber o quê acontecia. Mas Beatriz e Rômulo sentiam, só não sabiam explicar, ainda...

14 comentários:

Unknown disse...

Muito bom!
Gosto muito desses tipos de contos urbanos... Ainda mais quando têm um apelo que tende para o romantismo.

Parabéns!
abraços

Camila Rodrigues disse...

Adoro esse tipo de conto.
Às vezes eles me fazem imaginar como se eu fosse a personagem principal, adoro isso, em especial, amei esse :)

Aliás, tu escreve bem pacas õ/

Anônimo disse...

Bela crônica, rapaz!

abraço

Aqui Tem Geral disse...

Mando bem..
Belo texto..

http://aquigeral.blogspot.com/

flori disse...

Sobre meu blog... é sim, verdade que, não conseguimos controlar a quem nos apaixonamos ou não, mas sempre existe um ponto entre a loucura de uma paixão e uma mera ponderação, você sempre sabe, no fundinho do coração, se aquilo pode ser muito bom ou tem uma leve suspeita de que pode dar algo errado! Gostei do seu conto...

Ariana disse...

Show de bola!
Sensacional.


beijos \o


http://cogumelosverdes.blogspot.com

Vivian Barros disse...

Wow, queria conseguir escrever assim. Muito bom mesmo...
Abraços,

http://vivian-barros.blogspot.com/

Bruno Moraes disse...

Com certeza cara, as pessoas acham que por não ter suas reais identidades reveladas, sentem-se prepotentes escondidos atrás de uma máquina. Agradeço a visita, não pude ler seu conto agora, pois estou de saída para a Faculdade, mas retornarei ao blog.
Abraço

S. disse...

ah fala a verdade quem não gosta de uma cronica?????eu adoro lê-las. qual é sua maior inflencia.gostei do que escreveu.parabens.
outra pergunta como se faz banner???gostaria que meu blog tivesse um.dicas???
bjs
su

ny disse...

Seus contos sao muito interessantes e esse por sua vez esta otimo.Continue escrevendo e vc tem talento!

kissus

Anônimo disse...

Bom, não preciso nem dizer que virei fã! Quero saber mais sobre a história dos dois. ;)

Tu tem talento! Bom saber que não sou o único que gosta de escrever histórias! Se não houver problema, vou te linkar no meu blog, mas como não coloco banners, vou colocar somente o link e indicarei ele logo menos.

Abraços

Carla M. disse...

Delicioso... uma crônica urbana perfeita, com suas pessoas imperfeitas cheias de desejos.

vou passar sempre por aqui.

Bruna Waltrick disse...

Ois
Paxa lá??
Queria muito a sua visita *.*
Adoro ter vc lá...e Maísa idem ^^
Bom...eu amei seu blog...bjx Bruna!

Philipe disse...

Mt bom oblog

Visita o meu tbm

www.philipecardoso.com
xD