sexta-feira, 29 de fevereiro de 2008

Sábias estrelas de São Paulo (parte I)

   Olá,
    De volta e com um novo conto. Hoje meu dia não foi muito bom. Mas acho que nã deva comentar sobre ele aqui por estar tão ansioso com o retorno de vocês sobre o primeiro capítulo do conto, que esqueci de ficar chateado com o dia.
    Nesse conto eu trago algo a mais, uma música para cada capítulo. Comecei a escrever o conto sem elas mas, ao passar da narrativa, vi que elas conseguiam transmitir parte da "emoção" que deixei apenas escrita. Espero que gostem.
    Bom, antes do primeiro capítulo, aqui está o download da primeira música:

Amsterndan - Coldplay

   Se quiserem ouvi-la, é só fazer o download. O arquivo não é tão grande assim Mas se optrem por não fazer o download, não há problema, pois não há citações da música no texto e nem esta é necessária para a compreensão do texto.Entretanto, quem for baixar, aconselho a ler enquanto escuta a música, mas é apenas um conselho. 

  Agora sim, aqui está o primeiro capítulo do novo conto. Leiam e tirem suas próprias conclusões:



   Rômulo era um empresário da cidade de São Paulo. Seus negócios iam bem e ele podia desfrutar do melhor que o dinheiro podia lhe dar. Mas sempre buscava por algo mais. Não era riqueza, mas algo que pudesse completar o vazio que costumara sentir em seu peito.

   Costumava freqüentar bares paulistanos à procura de alguém que lhe tirasse esse vazio, mas nunca conseguiu nada mais do que algumas boas noites de sexo. E, a cada nova tentativa, mais uma frustração. E ele estava começando a ficar cada vez mais em casa, sozinho.

   Costumava se perguntar o que lhe faltava. Não era feio: Esguio, era branco e possuía olhos azuis que lembravam a cor do céu, que faziam um belo contraste com seus cabelos negros curtos e bem tratados. Sempre foi habituado a tratar as pessoas com igualdade, sem se fazer valer por sua classe social e não consegue se recordar se alguma vez tratou alguém mal, não que não tenha se desculpado posteriormente. Mesmo assim era infeliz.

   Ele costumava ficar sentado em sua cama usando seu laptop para ler e-mails e resolver qualquer problema de trabalho que surgisse. Mas nunca deixava de olhar para o céu noturno da cidade de São Paulo, à procura de algo bem maior do que o brilho de uma ou outra estrela que aparecia naquela visão.

   E Beatriz não se cansava de procurar no brilho das estrelas uma razão para continuar vivendo. Não que vivesse mal ou algo do tipo, apenas não conseguia mais suportar a falta de alguém para amar.

   Tinha 27 anos bem vividos. Mas não conseguia entender o porquê de estar naquela situação naquele momento de sua vida. E, não entender, estava consumindo-a por dentro. Viver em São Paulo estava se tornando um fardo para ela. E ela não queria mais, mas também não desejava mais ir para algum outro lugar.

   Nos seis meses que passou na cidade, conheceu apenas um rapaz, que lhe fora gentil, mas apenas com a intenção de levá-la para a cama, e sumiu após ter conseguido. E ela estava farta de ficar sozinha, mas não queria qualquer um, apenas alguém que a tratasse com carinho, que a amasse, e que ela pudesse amar.

   A noite paulistana não a atraía mais, as luzes, os ruídos, não a fascinavam, não tanto quanto o céu, que se revelava tímido naquela cidade (por culpa da poluição), e o brilho das estrelas, por mais raras de serem encontradas, eram o conforto que Beatriz precisava naquele momento, pelo menos para dormir e, enfrentar mais um dia de trabalho no restaurante no qual trabalhava. Precisava dormir, e, fechando os olhos em sua cama, caiu nos braços de Morfeu.

   Rômulo já não queria mais resolver seus problemas, no dia seguinte terminaria seu trabalho, não precisava ter pressa. Além do mais, olhar para o céu noturno era mais intrigante. Perceber pontos cintilantes piscando para ele era como se fossem companheiras para sua solidão e, desligando seu laptop e o colocando na mesa de cabeceira, ficou a olhar o céu de sua cama. Adormeceu sob o céu paulistano e o brilho das estrelas.

   Mas aquelas mesmas estrelas que eram companheiras de Beatriz e Rômulo pareceram entender que, aqueles dois precisavam um do outro, e que deveriam se conhecer, mas isso seria um outro dia.

   Espero que tenham gostado. Tanto da música quanto do conto. Acho que é só isso. Volto semana que vem com o segundo capítulo. E só mais uma coisa: Ainda estou escreveno esse conto, então não posso dizer quantas partes ele irá possuir.

15 comentários:

Anônimo disse...

Nossa esse conto pelo começo deve ser muito show,adorei o inicio dele x D

espero as contiuações dele

obrigada por passar no meu blog

bjs

Letícia Costa Tomsik disse...

Muito interessante...quero logo a continuação rsrs!
Você escreve muito bem!
Abraço,

s2 disse...

Olá.. estou aki para retribuir
o comentário que v c me deixou =^^=
vc é muito criativo!
parabéns!

bjoos!!!1

Anônimo disse...

Obrigado pela visita!!!^^
adorei muito o inicio desse conto...
é que tenho o costume de perder oou ganhar tempo vendo estrlas tbm^^

espero a continuação viu?!

Abração.!!!

Anônimo disse...

*-*
ja to anciosa pelo º
sabe q uma ve no carnaval, eu e meu ex-namo estavamos indo pra diamantia, mas sabe-se la q deu na mente dos dois, sei q nos paramos no meio da estrada, abandonada, deitamos no eio do asfalto e ficamos horas observando as estrelas... nada mais lindo! um dos dias mais lindos da minha vida!!

www.entamoebacoli.zip.net


ps. minhas amigas amaram teu texto!! xD

bjus

Unknown disse...

interessante o seu blog....


vai no meu:

www.h4ck3rik.com

Feänor disse...

Interessante o início de seu conto.

São quantas partes?

Agora, pelo o que você escreveu no começo, me parece que as dúvidas existenciais de Rômulo na verdade são também suas.

(De qualquer forma, cedo ou tarde, todos nós vamos nos debater com estas questões, especialmente os que levam a vida de maneira leviana)

Curiosamente, acabei de postar algo nos comments de outro blog sobre "o sentido da vida".

É este o blog:

http://itsaboutarevolution.blogspot.com/

Se quiser ver meu comment sobre o assunto, ele está lá. Quem sabe não ajuda nas suas meditações...?

Um abraço!

Anônimo disse...

Vim conhecer teu blog, eis que me deparo com um conto... Agora me cativou... Terei que ler até o final e com muito gosto.

Tyler Durden disse...

Eu tb escrevo contos!!

Olha,achei o seu texto bem escrito, as descriçoes das situaçoes passam uma boa imagem, mas nao sei porque algo naum me agradou muito... acho que foi o tema, parecido com novelas...

LoCDoG disse...

legal seu blog... =D

BUSHIDO disse...

incrivel esse conto parabens mesmo..


que inicio..

ansioso pelo continuo.. haha

abrass

www.gatame.blogspot.com

o'Ricci disse...

ora, ora... então é recíproco, colega. Apressa a tua edição desse conto, por favor!

Isac di Sousa disse...

Hum, que bom que eu cheguei aqui logo no começo desse conto, agora vai dar pra continuar lendo ele. Achei o tema meio igual aos de outros, mas enfim, é mais ou menos assim que começa um romance, espero que mais na frente haja algo peculiar no seu conto que não haja nos outros que já li. Adoro a forma como vc trata a cidade, tudo ligado ao urbano me chama a atenção, escreve logo aí que virei sempre ler ^^

Eu sou o Isac, do livro "Cidade Bauhaus." Você comentou no primeiro capítulo do livro, e eu postei o segundo esses dias, se tiver interessado, é só aparecer por lá:

http://cidadebauhaus.blogspot.com/

Um grande abraço!

Anônimo disse...

Bem escrito e intrigante. Esperemos a conclusão.

Anônimo disse...

Adorei o começo, parece muito com a história que eu estou escrevendo no meu blog. Assim, não plágio, mas duas pessoas que acabam se encontrando.. ;)

Quando puder, dê uma lida, tudo bem que já está no seu capítulo 28. Caso queira, o Prólogo já dá uma idéia.

Bom, existe alguns contos também, não estão todos disponíveis, mas aconselho o Em Algum Lugar.

Abraços