terça-feira, 18 de dezembro de 2007

Em um inverno (parte III)


   Olá,
   Mais uma vez postando uma parte do conto.Calma que agora só faltam mais duas. Espero não decepcionar com o final mas, ele já está pronto e, prometi para mim mesmo que não o mudarei (mesmo que queira muito). Usando o blog mais como diário mesmo, queria agradecer a todos que comentam aqui, esses comentários são muito bons e inportantes para mim(*arigatou gozaimasu, minna), principalmente por se tratar do meu primeiro conto. Bom, aqui está a terceira parte dele, leia e tirem suas próprias conclusões, ou esperem até a ultima parte para fazerem isso.



Mas seus olhos não deixavam de percebê-la. Dirigiam-se ao pescoço da mulher, por seu colo, revelado por suas vestes simples, seus seios, mesmo encobertos, mostravam-se modestos e, chegando ao seu ventre e sua cintura, pôde observar como cada medida tornava aquele corpo perfeito. Suas pernas delicadas mas, ligeiramente definidas, sugeriram que ela poderia estar vagando por muito tempo. E isso podia se confirmar pelos pés que, mesmo vermelhos de tanto caminhar, não perdiam a beleza que tinham.
E ele não conseguia para de olhá-la. Parecia enfeitiçado por aquele corpo que, mesmo (que quase completamente) coberto, conseguia revelar-se somente para ele. E enquanto ele admira cada centímetro do corpo dela, ouve uma voz que, ao mesmo tempo corta o encanto pelo espanto do momento, o chama para outro, o encanto da voz dela.

- Hum...Onde estou?
- Não se preocupe, você está segura em minha casa.

Ela volta os olhos para aquele homem, e se lembra da neve cobrindo seu corpo, e dele a salvando da neve. E lembra do lobo por cima dela, e mais uma vez da valentia daquele homem ao lutar contra, não só um, mas contra a alcatéia inteira. E lembra que, ao ajudá-lo, perdeu seu bem mais precioso e que agora não tinha mais nada, além daquele homem à sua frente.

- Desculpe-me por tê-lo feito se arriscar tanto na neve.
- Não há problema, fiz o que achei que fosse certo.

Nesse momento ela percebeu o ferimento na nuca daquele homem e inclinou-se na cama para poder observar melhor.

- O senhor se machucou muito?
- Não, não muito e...Por favor, não me chame de senhor. Pelo que vejo, aparentamos ter a mesma idade.

Nesse memento ela o olhou com mais clareza. Como se para analisar aquele homem e constatar não só a aparência jovial daquele homem, mas como ele a atraía. Seu corpo parecia ser esculpido em cada detalhe. O rosto, os cabelos castanhos curtos, os braços fortes...

- Você está bem?
- Hã? Ah, sim, estou....

Respondera ela enquanto seu rosto ficava vermelho, ante aos pensamentos que passavam enquanto ela o observara.

- Mas e você, precisa cuidar desse seu ferimento! Deixe-me vê-lo.

E fazendo isso, ela saiu da cama para por sua mão por sobre a nuca dele.

- Deite-se, você precisa de repouso!

Disse ele em tom de preocupação.

- Não. Eu não estou ferida como você está. Deixe-me, pelo menos retribui-lo por ter me salvado duas vezes. Eu sei cuidar de ferimentos! Aprendi ainda quando criança.

Então ele consentiu e deixou ela cuidar de seu ferimento na nuca. Mas isso não estava sendo tão bom quanto parecia. Sentir aquela pele, aqueles dedos percorrerem seu pescoço entre afagos e cuidados estava gerando nele sensações que ele nunca sentira.
E ela não conseguia parar de acariciá-lo enquanto cuidava de seus ferimentos. Suas mãos passavam do limite da nuca, ora passando pelos cabelos, ora pelas costas daquele homem. E ela estava começando a sentir vontades que iam além daquele curativo que estava fazendo.

- Então... Qual o nome de meu herói?
- Sinto não poder responder...
- Mas por quê?
- Pois não tenho um...

   É, por mais estranho que pareca, ELE NÃO TEM NOME! E não foi uma falta de criatividade minha (para escolher um nome), isso já foi pensado. No penúltimo capítulo isso será explicado melhor, espero que consigam entender.

[*muito obrigado, pessoal (trad. do japonês)]




14 comentários:

Nilton Flash disse...

Muito bom !! muito bem escrito,prende a atenção e faz querer ver logo a sequência !!
Ganhou um leitor .
Abraço

Everaldo Ygor disse...

Olá!
muito bom, estou lendo o resto da história... Inverno, direções e um certo suspense... Logo mais vou reler e comentar no post abaixo...
Abraços
Everaldo Ygor
http://outrasandancas.blogspot.com/

Arthurius Maximus disse...

Também estou ansioso para a continuação. Texto bem desenvolvido.

Climão Tahiti disse...

Aguardo a continuação.

E que ele ganhe um nome =D

César Schuler disse...

primeira vez que venho aqui...

vou começar a ler a primeira parte do conto^^

Anônimo disse...

Agora sim! Dividiu os parágrafos! Viu como a leitura ficou melhor?

Agora, imagino se haverá uma cena inapropriada para menores nos próximos capítulos.

Hehehehe ^_^

Rafael Almeida Teixeira disse...

vou ler a primeira parte também, já que é a primeira vez que venho aqui.
abraços

Jeff... disse...

bonito, li os outros tambem, tem um tom de nabokov, mas ta longe ainda

abraço

Jeff... disse...

o olimpo inteiro são comuns nos serviços brasileiros

saIUSAhiusaHSIUAhsui

abraço

Everaldo Ygor disse...

Olá, meu amigo, estou de volta... Sempre relendo e contemplando suas descriçoes, imaginando as fotografias, os conteudos em suas imagens... Aguardando ansioso o desenrolar da história...
Abraços
Everaldo Ygor
http://outrasandancas.blogspot.com/
Visita lá tem Poema Novo!

Otávio B. disse...

Meus parabéns meu caro, os detalhes, a estrutura, e o texto em si estão ótimos...

Você realmente consegue prender a atenção do leitor até o fim, e a propósito, um fim deveras enigmático esse seu[sem nome...!]

Abraços

http://espadadotemplario.blogspot.com/

Marco Antonio Araujo disse...

A partir de agora, estarei o acompanhando neste conto.
Conseguiu prender minha atenção... e nem é tarefa das mais fáceis.

Abraço

Zanfa disse...

Gosto do jeito que você escreve. =)

Lerei a parte seguinte. ^^

Anônimo disse...

Olá
Tanto gostei do seu comentario, que comentei sobre ele no meu post novo. :)
Vou te add...vi que está escrevendo um conto...Na segunda feira eu volto para ler tudo, adoro contos.
Beijos
http://pfdiario.blog.terra.com.br/ainda_o_paraguay