Olá,
Como foi (e ainda está sendo) o natal de vocês? O meu não é lá essas coisas, isso porque eu não acredito no natal, por não ser em dezembro o nascimento de Jesus, segundo estudiosos. Mas vamos pular essa parte .
Ganhei um grande presente , dois dos leitores do blog resolveram linká-lo! E, para retribuir eu fiz um banner e coloquei aqui para cada um deles, espero que tenham gostado! Os blogs são: Inutilidades das Amebas e Abstração . Espero que gostem do banner que eu fiz para eles.
E agora, como prometido, o último capítulo do conto, mas um aviso:
Este capítulo contém cenas inapropriadas para menores de dezoito anos! Agora sério, eu tentei escrever sem ser pornográfico ,mas é melhor avisar para não gerar nenhum tipo de "surpresa". Espero que entendam. Leiam e tirem suas próprias conclusões.
Ele havia se desesperado com a possibilidade de jamais a ver novamente.
Ela havia se alegrado dele a ter impedido.
Ela não conseguiu se conter. Correu para os braços daquele homem e o abraçou. E ele, meio espantado, mas completamente feliz por ela ter voltado, a abraçou. Mas ambos queriam mais.
E, querendo mais, seus lábios se encostaram. E o beijo foi suave, demorado, como se cada um explorasse a boca do outro como quem procura algo por muito tempo e finalmente o encontra. E o beijo foi ganhando paixão, voracidade, sem perder a suavidade e ternura. Mas eles queriam mais.
E pararam de se beijar. E se olharam, com os olhos de quem encontra, nos olhos do outro, o amor que estivera esperando durante a vida toda. E podiam se compreender somente com o olhar. Ele fechou a porta.
- Você não precisa sair. Eu quero você aqui comigo. Eu não sei o que há comigo, mas eu não quero que você vá!
- Eu sei, eu sei o que há, não só com você, mas comigo também. Eu te amo! E não vou sair, não quero ficar longe de você!
- Amor? É!...Isso é o amor. Eu te amo!
E não falaram mais nada. Colaram seus corpos e se beijaram mais intensamente. E seus beijos pediam mais. Seus corpos pediam mais. Eles pediam mais.
As mãos dela foram descendo pelo corpo daquele homem, explorando-o. Até que ela colocou as mãos por debaixo da camisa dele, na altura do abdômen. Para sentir melhor aquele corpo. Seu corpo era forte, musculoso. Seus pêlos estavam arrepiados. E ele colocou as mãos dele envoltas naquela cintura delicada de sua, agora, amada. E ele a explorava. Costas, quadris, cintura, seios, coxas. Suas mãos pareciam reconhecer cada parte daquele corpo. E sentindo que ela fazia o mesmo e colocava as mãos por sua camisa. Ele a tirou. E ela tirou suas vestes. E os dois se observaram.Mas ambos queriam mais.
Ele, agora já também sem vestes, não parava de observa-la. Nua, inteiramente entregue aos cuidados dele. Então ela se aproximou mais dele. E, de olhos fechados e entregues aos beijos e carícias um ao corpo do outro, acabaram por cair, juntos na cama, onde continuaram as carícias.
Mas ambos ainda queriam mais.
Seguiram-se as descobertas. Ambos não sabiam mais o que estavam fazendo e deixava seus corpos os guiarem e seus desejos os controlarem. E não havia mais palavras.Ele a virou para si e começou a deslizar seu corpo pelo corpo dela, beijando delicadamente cada parte de seu corpo. E ela sentia que nenhuma outra pessoa no mundo a poderia fazer mais feliz do que ele. E ela o chamou para mais um beijo. E se beijaram intensamente.Ele começou a mordiscar o pescoço de sua amada e ela, a mordiscar sua orelha enquanto ofegava a respiração no ouvido de seu herói, seu amor.Ambos estavam prontos para se entregar, e se entregaram.
E os dois, se descobrindo, descobrindo ao outro, e entregando-se aonde quer que seus desejos e seus instintos pudessem os levar. Toques, beijos, mãos, seios, pernas, corpos, sussurros, gemidos, urros, prazer. E deitaram exaustos, sem dormir.Um contemplando o outro,tendo certeza de que eram únicos, especiais um para o outro. Que suas vidas perderam a solidão e a tristeza no momento em que se conheceram, se salvaram. Mas ambos queriam mais.
E, após essa noite, seguiram-se muitas outras tão, ou mais intensas quanto a que passara. E o inverno passou.
Mas não passou a vontade de cada um de ter o outro, proteger o outro, ser do outro. E eles continuaram juntos, até o próximo inverno, e ao próximo, e por muitos outros. E por muitas outras noites como esta. E por muitas outras descobertas, por muitas outras entregas, mas pelo mesmo amor. E viveram sempre querendo mais.
E ele estava em sua cabana, não mais só, não mais triste.
Acabou! Esse é o fim do meu primeiro conto! Ainda não escrevi outros, mas já estou pensando em começar, mas antes, vou descansar um pouco. Foi muito bom ter esse "projeto" compartilhado com vocês e receber o carinho de todos os comentários, muito obrigado a cada um de vocês pelo apoio e carinho !
Semana que vem não postarei nernhum texto novo pois quero aproveitar para descansar e curtir o ano novo, espero que entendam. Até a próxima!
terça-feira, 25 de dezembro de 2007
sábado, 22 de dezembro de 2007
Em um inverno (parte IV)
Olá,
Como estão vocês? Tudo bem? Espero que sim. Estou aqui para postar a quarta (e penúltima) parte do conto, a última eu posto no natal, ok? Não quero comentar nada sobre as partes, espero que gostem. Ao contrário do que esperava, esse final está me deixando tão ansioso quanto vocês, pois, mesmo já escrito, temo que não gostem, mas a cada parte nova, me surpreendo com os comentários positivos a respeito do conto. Muito obrigado! Agora sim, a quarta parte do conto, leiam e tirem suas próprias conclusões, ou esperem até o natal pela parte final (até rimou ^^ ).
E ele abaixou a cabeça. Estivera ali durante a vida toda e, quando criança vivia com seu pai que sempre lhe chamara de filho. Nunca havia sequer falado seu nome. E seu pai morrera sem lhe dar um. Mas lhe deixara a cabana. Com livros onde pudesse entender a linguagem dos homens e se portar como um. Mas nunca havia tido contato com outro de sua espécie por muito tempo. Por vergonha de não poder ter um nome, algo que o pudesse tornar único. E ele contou toda sua história.
- Então não terei nome também!
- Como?
Disse ele surpreso com a resposta e com o sorriso que se formara rosto daquela mulher.
- Exatamente o que você ouviu.
Ela tinha um nome: Marie. Mas poucos a conheciam e ninguém a respeitava. Era pobre e vivia com sua mãe e pai. Mas ambos foram mortos, deixando-a sem casa e apenas com aquela taça, que fora escondida por sua mãe como último recurso caso ela precisasse. Ninguém quis ajudá-la e todos a quem conhecia se recusaram a acolhê-la. E agora a taça estava perdida, e ela não tinha mais nada. E queria que aquele homem soubesse que era único para ela mesmo sem um nome.E ela contou toda sua história.
- Diga-me. Nunca mesmo você teve contato com nenhum outro homem, ou mulher?
- Não.
- Entendo...
Ela não conseguia disfarçar a felicidade por saber que era a primeira pessoa que ele conhecera em sua vida, além de seu pai. E queria ser mais.
- E você, não tem mais ninguém a quem recorrer agora?
- Não, só você se importou comigo, a ponto de arriscar sua vida.
Ele tentava disfarçar o rubor em seu rosto com a resposta dela. Para ela, ninguém mais a protegeria como ele, e ela disse isso a ele.
Eles ficaram em silêncio por um bom tempo.
- Pronto! O seu curativo está pronto. Agora terei de ir...Não quero abusar de sua hospitalidade.
E ela foi se dirigindo à porta com um ar de tristeza. Por lembrar que todos a quem conhecera, haviam negado a ela. E ele poderia ser mais um.
- Não! Não vá! Fique aqui comigo!
Bom, não poderia deixar de colocar mais suspense para o capítulo final, espero que entendam.
p.s.: Bem que aqui, poderiam caber perguntas do tipo "você decide" ,tais como: e agora, será que Marie irá abandoná-lo? Qual foi o motivo dele ter pedido que ela fique?, mas acho que isso já foi feito pelas mentes que lêem o texto e esperam por cada capítulo novo, aguardem até o último, no natal...
Como estão vocês? Tudo bem? Espero que sim. Estou aqui para postar a quarta (e penúltima) parte do conto, a última eu posto no natal, ok? Não quero comentar nada sobre as partes, espero que gostem. Ao contrário do que esperava, esse final está me deixando tão ansioso quanto vocês, pois, mesmo já escrito, temo que não gostem, mas a cada parte nova, me surpreendo com os comentários positivos a respeito do conto. Muito obrigado! Agora sim, a quarta parte do conto, leiam e tirem suas próprias conclusões, ou esperem até o natal pela parte final (até rimou ^^ ).
E ele abaixou a cabeça. Estivera ali durante a vida toda e, quando criança vivia com seu pai que sempre lhe chamara de filho. Nunca havia sequer falado seu nome. E seu pai morrera sem lhe dar um. Mas lhe deixara a cabana. Com livros onde pudesse entender a linguagem dos homens e se portar como um. Mas nunca havia tido contato com outro de sua espécie por muito tempo. Por vergonha de não poder ter um nome, algo que o pudesse tornar único. E ele contou toda sua história.
- Então não terei nome também!
- Como?
Disse ele surpreso com a resposta e com o sorriso que se formara rosto daquela mulher.
- Exatamente o que você ouviu.
Ela tinha um nome: Marie. Mas poucos a conheciam e ninguém a respeitava. Era pobre e vivia com sua mãe e pai. Mas ambos foram mortos, deixando-a sem casa e apenas com aquela taça, que fora escondida por sua mãe como último recurso caso ela precisasse. Ninguém quis ajudá-la e todos a quem conhecia se recusaram a acolhê-la. E agora a taça estava perdida, e ela não tinha mais nada. E queria que aquele homem soubesse que era único para ela mesmo sem um nome.E ela contou toda sua história.
- Diga-me. Nunca mesmo você teve contato com nenhum outro homem, ou mulher?
- Não.
- Entendo...
Ela não conseguia disfarçar a felicidade por saber que era a primeira pessoa que ele conhecera em sua vida, além de seu pai. E queria ser mais.
- E você, não tem mais ninguém a quem recorrer agora?
- Não, só você se importou comigo, a ponto de arriscar sua vida.
Ele tentava disfarçar o rubor em seu rosto com a resposta dela. Para ela, ninguém mais a protegeria como ele, e ela disse isso a ele.
Eles ficaram em silêncio por um bom tempo.
- Pronto! O seu curativo está pronto. Agora terei de ir...Não quero abusar de sua hospitalidade.
E ela foi se dirigindo à porta com um ar de tristeza. Por lembrar que todos a quem conhecera, haviam negado a ela. E ele poderia ser mais um.
- Não! Não vá! Fique aqui comigo!
Bom, não poderia deixar de colocar mais suspense para o capítulo final, espero que entendam.
p.s.: Bem que aqui, poderiam caber perguntas do tipo "você decide" ,tais como: e agora, será que Marie irá abandoná-lo? Qual foi o motivo dele ter pedido que ela fique?, mas acho que isso já foi feito pelas mentes que lêem o texto e esperam por cada capítulo novo, aguardem até o último, no natal...
terça-feira, 18 de dezembro de 2007
Em um inverno (parte III)
Olá,
Mais uma vez postando uma parte do conto.Calma que agora só faltam mais duas. Espero não decepcionar com o final mas, ele já está pronto e, prometi para mim mesmo que não o mudarei (mesmo que queira muito). Usando o blog mais como diário mesmo, queria agradecer a todos que comentam aqui, esses comentários são muito bons e inportantes para mim(*arigatou gozaimasu, minna), principalmente por se tratar do meu primeiro conto. Bom, aqui está a terceira parte dele, leia e tirem suas próprias conclusões, ou esperem até a ultima parte para fazerem isso.
Mas seus olhos não deixavam de percebê-la. Dirigiam-se ao pescoço da mulher, por seu colo, revelado por suas vestes simples, seus seios, mesmo encobertos, mostravam-se modestos e, chegando ao seu ventre e sua cintura, pôde observar como cada medida tornava aquele corpo perfeito. Suas pernas delicadas mas, ligeiramente definidas, sugeriram que ela poderia estar vagando por muito tempo. E isso podia se confirmar pelos pés que, mesmo vermelhos de tanto caminhar, não perdiam a beleza que tinham.
E ele não conseguia para de olhá-la. Parecia enfeitiçado por aquele corpo que, mesmo (que quase completamente) coberto, conseguia revelar-se somente para ele. E enquanto ele admira cada centímetro do corpo dela, ouve uma voz que, ao mesmo tempo corta o encanto pelo espanto do momento, o chama para outro, o encanto da voz dela.
- Hum...Onde estou?
- Não se preocupe, você está segura em minha casa.
Ela volta os olhos para aquele homem, e se lembra da neve cobrindo seu corpo, e dele a salvando da neve. E lembra do lobo por cima dela, e mais uma vez da valentia daquele homem ao lutar contra, não só um, mas contra a alcatéia inteira. E lembra que, ao ajudá-lo, perdeu seu bem mais precioso e que agora não tinha mais nada, além daquele homem à sua frente.
- Desculpe-me por tê-lo feito se arriscar tanto na neve.
- Não há problema, fiz o que achei que fosse certo.
Nesse momento ela percebeu o ferimento na nuca daquele homem e inclinou-se na cama para poder observar melhor.
- O senhor se machucou muito?
- Não, não muito e...Por favor, não me chame de senhor. Pelo que vejo, aparentamos ter a mesma idade.
Nesse memento ela o olhou com mais clareza. Como se para analisar aquele homem e constatar não só a aparência jovial daquele homem, mas como ele a atraía. Seu corpo parecia ser esculpido em cada detalhe. O rosto, os cabelos castanhos curtos, os braços fortes...
- Você está bem?
- Hã? Ah, sim, estou....
Respondera ela enquanto seu rosto ficava vermelho, ante aos pensamentos que passavam enquanto ela o observara.
- Mas e você, precisa cuidar desse seu ferimento! Deixe-me vê-lo.
E fazendo isso, ela saiu da cama para por sua mão por sobre a nuca dele.
- Deite-se, você precisa de repouso!
Disse ele em tom de preocupação.
- Não. Eu não estou ferida como você está. Deixe-me, pelo menos retribui-lo por ter me salvado duas vezes. Eu sei cuidar de ferimentos! Aprendi ainda quando criança.
Então ele consentiu e deixou ela cuidar de seu ferimento na nuca. Mas isso não estava sendo tão bom quanto parecia. Sentir aquela pele, aqueles dedos percorrerem seu pescoço entre afagos e cuidados estava gerando nele sensações que ele nunca sentira.
E ela não conseguia parar de acariciá-lo enquanto cuidava de seus ferimentos. Suas mãos passavam do limite da nuca, ora passando pelos cabelos, ora pelas costas daquele homem. E ela estava começando a sentir vontades que iam além daquele curativo que estava fazendo.
- Então... Qual o nome de meu herói?
- Sinto não poder responder...
- Mas por quê?
- Pois não tenho um...
É, por mais estranho que pareca, ELE NÃO TEM NOME! E não foi uma falta de criatividade minha (para escolher um nome), isso já foi pensado. No penúltimo capítulo isso será explicado melhor, espero que consigam entender.
[*muito obrigado, pessoal (trad. do japonês)]
sábado, 15 de dezembro de 2007
Em um inverno (parte II)
Olá,
Bom, primeiro devo comentar que me surpreendi com os comentários sobre a primeira parte do conto. Achei que ninguém ia gostar muito, que iam achar chato ou cansativo. Na verdade, o conto era feito de oito partes mas, como eu editei um pouco, ficaram só cinco mesmo, por isso algumas passagens paracem meio que "corridas".
Eu tenho que postar agora pois não vou poder mais tarde. Tenho um jogo marcado para 14h, depois vou pra casa da minha namorada. Amanhã tenho uma festa para ir(só eu, que quero ir numa festa com um tempo chuvoso que está fazendo no RJ, tenho meus motivos).
Foi muito bom receber comentários positivos por dois motivos:
1- Esse é o meu primeiro conto, todo incentivo é muito bem vindo!
2-Eu esperava algum comentário bom lá pela terceira ou quarta parte. Receber bons comentários logo no começo foi uma surpresa para mim. Muito obrigado à todos que comentaram!
Agora sim vou postar a segunda parte do conto,pensei em modificá-la, e modificar o conto inteiro mas, devo deixá-lo como está até o final ( e isso é muito difícil,mas...).Espero que gostem da segunda parte. Leiam e tirem suas próprias conclusões.
O sentimento de desespero foi aumentando dentro de si quando os gritos foram ficando cada vez mais baixos. Mas sabia que estava na direção certa. Então corria enquanto procurava pela tal mulher que, agora, já não gritava mais.
Encontrou-a caída com neve por cima de seu corpo. Estava tão fria quanto à neve. Mas pôde perceber que estava ainda viva quando ela retribuíra o olhar por ele lançado. Seus braços fortes agora tiravam a neve por cima do corpo dela com a rapidez de quem se acostumara a cavar buracos na terra para plantar grandes árvores. E não demorou muito para conseguir libertá-la do casulo formado pelo gelo.
Então, aparece uma alcatéia que espreitava-os por algum tempo e, um dos lobos pula por sobre o corpo da pobre mulher. Desesperado, ele começa uma luta com este e o pega pelo pescoço, lançando-o contra um forte tronco de árvore, fazendo o animal cair desacordado. Munidos pela raiva e pela fome, os lobos vão vorazmente de encontro ao homem que, tenta lutar com todos. E vence a maioria que foge, deixando um apenas que, aproveita-se da distração de seu inimigo e crava seus dentes em sua nuca.
Agora caído pela dor, o homem tenta desligar as presas do animal de sua nuca ensangüentada quando ouve um barulho, como se algo fosse quebrado e, logo em seguida, o lobo tira suas presas da nuca de seu inimigo e também foge, cambaleante.
A mulher, ao perceber que aquele homem que mal conhecera, havia arriscado sua vida para salva-la por duas vezes (uma vez da neve e outra, dos lobos) sacrificou seu único bem valioso (que levara consigo para vender em troca de dinheiro), uma taça feita de cristal e cravejada por pedras, as mais preciosas, para salvar seu herói. E bateu a taça de cristal contra a cabeça do lobo, fazendo-o soltar a nuca do homem.
Assustado e aliviado com a fuga do lobo ele olha para trás e percebe que, fora aquela mulher que fizera o animal fugir. Sem mais forças nem para manter-se em pé, ela cai perdendo os sentidos.
Sentindo mais do que compaixão, talvez confiança, talvez gratidão ele a pega e a leva para sua cabana para aquecê-la e esperar ela acordar. A essa altura, seu ferimento não mais o importa, ele o cobre com um pano tirado de sua própria camisa e procura em sua dispensa, algumas folhas que sirvam para um chá que talvez, o faça esquecer da dor e ajude ela a recuperar-se, enquanto espera a mulher, agora em sua cama, acordar.
Esperando que a mulher vote à consciência, ele coloca uma cadeira ao lado de sua cama para sentar-se, caso ela precise de algo quando sair de seu estado. E, nesta cadeira ele fica, a guardar o chá (por perceber que seria útil somente depois que ela acordasse) e olhar aquela mulher.
E seus olhos parecem percorrer cada centímetro do corpo dela. Sem nenhuma pressa, apenas admirando-a, como se, com os olhos pudesse acariciar cada parte do corpo dela. E fica a observá-la. Seus cabelos negros, seu rosto branco como a neve que outrora a cobrira, mas com tons de um rosa que lembrava algumas flores por ele cultivadas numa primavera distante. E, pela jovialidade apresentada, parecia dizer que os dois tinham a mesma idade. Sua boca, vermelha, pequena, aparentemente macia, suave e que o fez, arquear o corpo em direção ao corpo da mulher, como se fosse beijá-la e refrear-se para voltar à posição que estava em sua cadeira.
Bom, não vou ficar fazendo perguntas pois me lembra os tempos do "Você Decide" e, embora eu gostasse muito do programa, não cabe repetir a dose pois o roteiro já está traçado, sinto muito.
quarta-feira, 12 de dezembro de 2007
Em um inverno
Olá,
Primeiramente, eu gostaria de informar da nova parceria do blog, O Fim Do Infinito .
Como havia prometido anteriormente, aqui está a primeira parte do conto que eu escrevi . Espero que gostem e tenham paciência de ler os cinco capítulos. Ele já estva escrito antes do "O (último) dia de um herói (?)" mas resolvi esperar um pouco para postá-lo. Como de costume, leiam, mas não tirem suas próprias conclusões ainda! Particularmente, acho que a primeira parte e a segunda, são um tanto quanto cansativas, mas necessárias. Ainda posto a segunda parte essa semana, sábado talvez.
Boa leitura!
E ele estava só, em sua cabana fria. E triste.
Sempre fora acostumado a viver por entre as árvores e conhecer o caminho do labirinto que elas formavam. A lutar contra os selvagens lobos que, por ali, estabeleceram sua casa. Mas temia algo, temia o inverno.
Sabia que ninguém conseguira resistir às fortes tempestades de neve dessa estação. E quem conseguisse, estaria fraco e, portanto, presa fácil para os lobos que ali estavam. Sabia que, era a forma da natureza tomar controle e estabelecer sua ordem. E sabia respeitar isso.Ficava em sua cabana fria. E só.
Após o último dia do outono, ele já havia se preparado para ficar, por toda nova estação, em sua casa. Sabia que era o que deveria fazer. E assim o fez. Contemplava, dia após dia a neve caindo e castigando aquele lugar, habitado somente por ele e tendo como vizinho, os lobos.
Em um dia de muita neve, acordou de seu sono com gritos de agonia. Tentou olhar pela janela, pois, mesmo anos afastado da civilização, sabia a língua daquela região.Mas a neve caía violentamente por sobre toda a floresta.
Tentou pensar que estava enganado, que os gritos que escutara eram apenas sua imaginação fantasiando com o uivo de lobos. Mas não era, e ele soube quando ouviu mais uma vez.
Era uma voz feminina. Pensou: “Quem é tão insolente a ponto de desafiar a neve deverá morrer por ela”. Mas a cada novo grito, seu coração se compadecia por aquela voz. E decidiu sair. Mais por compaixão do que por qualquer outra coisa. E percebeu que a neve estava a fazer uma barreira que o impedia de sair da própria casa.
A cada novo grito, seu desespero aumentava. Agora desejava realmente ajudar. E o sentimento de impotência ante ao pedido começou a motivá-lo a sair de sua cabana/prisão. Utilizando toda sua força, ele conseguiu destroçar a barreira de neve e sair de sua casa. E foi à procura da mulher que estava pedindo socorro.
Este é o fim da parte um, espero que tenham gostado (ou pelo menos aturado ). Será que ele irá encontrá-la? Será que ele irá encontrá-la à tempo? esperem até o capítulo dois para saber...
Primeiramente, eu gostaria de informar da nova parceria do blog, O Fim Do Infinito .
Como havia prometido anteriormente, aqui está a primeira parte do conto que eu escrevi . Espero que gostem e tenham paciência de ler os cinco capítulos. Ele já estva escrito antes do "O (último) dia de um herói (?)" mas resolvi esperar um pouco para postá-lo. Como de costume, leiam, mas não tirem suas próprias conclusões ainda! Particularmente, acho que a primeira parte e a segunda, são um tanto quanto cansativas, mas necessárias. Ainda posto a segunda parte essa semana, sábado talvez.
Boa leitura!
E ele estava só, em sua cabana fria. E triste.
Sempre fora acostumado a viver por entre as árvores e conhecer o caminho do labirinto que elas formavam. A lutar contra os selvagens lobos que, por ali, estabeleceram sua casa. Mas temia algo, temia o inverno.
Sabia que ninguém conseguira resistir às fortes tempestades de neve dessa estação. E quem conseguisse, estaria fraco e, portanto, presa fácil para os lobos que ali estavam. Sabia que, era a forma da natureza tomar controle e estabelecer sua ordem. E sabia respeitar isso.Ficava em sua cabana fria. E só.
Após o último dia do outono, ele já havia se preparado para ficar, por toda nova estação, em sua casa. Sabia que era o que deveria fazer. E assim o fez. Contemplava, dia após dia a neve caindo e castigando aquele lugar, habitado somente por ele e tendo como vizinho, os lobos.
Em um dia de muita neve, acordou de seu sono com gritos de agonia. Tentou olhar pela janela, pois, mesmo anos afastado da civilização, sabia a língua daquela região.Mas a neve caía violentamente por sobre toda a floresta.
Tentou pensar que estava enganado, que os gritos que escutara eram apenas sua imaginação fantasiando com o uivo de lobos. Mas não era, e ele soube quando ouviu mais uma vez.
Era uma voz feminina. Pensou: “Quem é tão insolente a ponto de desafiar a neve deverá morrer por ela”. Mas a cada novo grito, seu coração se compadecia por aquela voz. E decidiu sair. Mais por compaixão do que por qualquer outra coisa. E percebeu que a neve estava a fazer uma barreira que o impedia de sair da própria casa.
A cada novo grito, seu desespero aumentava. Agora desejava realmente ajudar. E o sentimento de impotência ante ao pedido começou a motivá-lo a sair de sua cabana/prisão. Utilizando toda sua força, ele conseguiu destroçar a barreira de neve e sair de sua casa. E foi à procura da mulher que estava pedindo socorro.
Este é o fim da parte um, espero que tenham gostado (ou pelo menos aturado ). Será que ele irá encontrá-la? Será que ele irá encontrá-la à tempo? esperem até o capítulo dois para saber...
quinta-feira, 6 de dezembro de 2007
Amor Noturno
Olá,
Dessa vez eu demorei um bom tempo para postar...Talvez deva até pedir desculpas por isso (*gomen, minna ^^) mas estava meio que sem criatividade para postar. Bom, na verdade, tenho um conto com cinco capítulos ainda pra postar (e alguns textos prontos também), mas senti que o conto deve esperar até a próxima semana. E, como vai ser extenso (pelo menos ,para mim, nunca tinha escrito um conto com cinco capítulos), vou ter de postar duas vezes por semana.
Agora, falando do texto de hoje, ele é mais um texto baseado em um personagem, mas é bem diferente do policial herói do último. Bom, como de costume, deixo a avaliação por conta de quem lê.
(*desculpas, pessoal - trad. do japonês)
Sou mais um dos andarilhos da noite. E é nela que vivo, é nela que me alimento, é nela que me sinto alguém. E foi nela que te encontrei. Por entre as sombras você estava lá, linda, a caminhar pelas ruas à procura de algo já sem importância agora. E ,a ver-te, senti algo que pensara ter sido enterrado junto com meus antigos sentimentos. Percebi que ainda poderia amar.
Por noites eu te segui, e seguir-te foi minha vida e meu tormento. Querer ter-te mas não ferir-te seria algo impossível para os de minha natureza. Meu corpo já não mais padece das mesmas dores dos de sua espécie, mas ainda sofre por sentimentos tão intensos, tão humanos. E continuei por noites a seguir-te.
Noite após noite, meu passatempo foi tornando-se obsessão, e a obsessão ,por minha ruína. A ponto de não poder mais agüentar o fardo de apenas seguir-te, mas não mais poder fugir disso. Então resolvi que deverias conhecer-me. Mas assim, violaria as regras de minhas próprias convicções. E poderia não ter uma outra segunda chance de vida, ou de morte.
Mas meus sentimentos humanos me cegaram, e estou aqui, na sua frente, como sou e como minha natureza me permite ser. E agora você sabe que, ainda parecendo estranho, tenho os mesmos sentimentos de qualquer um dos seus. E os sinto por você. Meu corpo não possui mais calor para entregar-lhe em meus braços, mas meu coração parece ainda guardar algo do passado. Algo que possa ser comparado ao amor, ou que o seja.
E devo agora perguntar-lhe se desejar se juntar à minha marca, e ser como sou. Deixe-me beijá-la que lhe farei ver que o mundo é um lugar melhor quando a luz se esconde. Ou então terei que me esconder dos meus, para não morrer pelo amor que sinto.
Sei que não é fácil a escolha, nem tampouco a jornada. Mas darei meu melhor para fazer com que não sofras tanto com a dor do meu beijo. E que possamos compartilhar de uma maldição, como quem goza de uma bênção.E uma bênção será.
Deixe-me mostrar-lhe que, aquilo que buscas pode ser insignificante, perto do destino e da vida nova que posso conceder-lhe. Permita-me lhe mostrar que existe beleza depois das sombras, onde só os olhos dos meus podem perceber. Deixe-me,com um beijo de sangue, livrar-lhe dos dilemas e sofrimentos que carregas. E lhe farei minha, e me entregarei a ti. E seremos um do outro, e o mundo será nosso.
E então, que me dizes ?
Dessa vez eu demorei um bom tempo para postar...Talvez deva até pedir desculpas por isso (*gomen, minna ^^) mas estava meio que sem criatividade para postar. Bom, na verdade, tenho um conto com cinco capítulos ainda pra postar (e alguns textos prontos também), mas senti que o conto deve esperar até a próxima semana. E, como vai ser extenso (pelo menos ,para mim, nunca tinha escrito um conto com cinco capítulos), vou ter de postar duas vezes por semana.
Agora, falando do texto de hoje, ele é mais um texto baseado em um personagem, mas é bem diferente do policial herói do último. Bom, como de costume, deixo a avaliação por conta de quem lê.
(*desculpas, pessoal - trad. do japonês)
Sou mais um dos andarilhos da noite. E é nela que vivo, é nela que me alimento, é nela que me sinto alguém. E foi nela que te encontrei. Por entre as sombras você estava lá, linda, a caminhar pelas ruas à procura de algo já sem importância agora. E ,a ver-te, senti algo que pensara ter sido enterrado junto com meus antigos sentimentos. Percebi que ainda poderia amar.
Por noites eu te segui, e seguir-te foi minha vida e meu tormento. Querer ter-te mas não ferir-te seria algo impossível para os de minha natureza. Meu corpo já não mais padece das mesmas dores dos de sua espécie, mas ainda sofre por sentimentos tão intensos, tão humanos. E continuei por noites a seguir-te.
Noite após noite, meu passatempo foi tornando-se obsessão, e a obsessão ,por minha ruína. A ponto de não poder mais agüentar o fardo de apenas seguir-te, mas não mais poder fugir disso. Então resolvi que deverias conhecer-me. Mas assim, violaria as regras de minhas próprias convicções. E poderia não ter uma outra segunda chance de vida, ou de morte.
Mas meus sentimentos humanos me cegaram, e estou aqui, na sua frente, como sou e como minha natureza me permite ser. E agora você sabe que, ainda parecendo estranho, tenho os mesmos sentimentos de qualquer um dos seus. E os sinto por você. Meu corpo não possui mais calor para entregar-lhe em meus braços, mas meu coração parece ainda guardar algo do passado. Algo que possa ser comparado ao amor, ou que o seja.
E devo agora perguntar-lhe se desejar se juntar à minha marca, e ser como sou. Deixe-me beijá-la que lhe farei ver que o mundo é um lugar melhor quando a luz se esconde. Ou então terei que me esconder dos meus, para não morrer pelo amor que sinto.
Sei que não é fácil a escolha, nem tampouco a jornada. Mas darei meu melhor para fazer com que não sofras tanto com a dor do meu beijo. E que possamos compartilhar de uma maldição, como quem goza de uma bênção.E uma bênção será.
Deixe-me mostrar-lhe que, aquilo que buscas pode ser insignificante, perto do destino e da vida nova que posso conceder-lhe. Permita-me lhe mostrar que existe beleza depois das sombras, onde só os olhos dos meus podem perceber. Deixe-me,com um beijo de sangue, livrar-lhe dos dilemas e sofrimentos que carregas. E lhe farei minha, e me entregarei a ti. E seremos um do outro, e o mundo será nosso.
E então, que me dizes ?
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