Depois de um longo tempo sem postar, aqui estou eu com um pequeno texto.
Nunca pensei que fosse demorar tanto pra escrever alguma coisa, mas os estudos na faculdade têm drenado toda a minha atenção e, são raras as vezes que tenho tempo para o lazer, e acabo deixando o "prazer árduo de escrever" um pouco de lado.
Mudei a música para uma coisa mais com a "alma" do blog. "Moonlight Sonata" do Beethoven (claro que não ela inteira, mas só os primeiros 6 minutos). Espero que gostem assim como eu gosto dessa música.
Agora deixa eu colocar logo o texto, mas antes um aviso: Eu fui um pouco diferente do romantismo meloso dos contos que escrevi, espero que, mesmo que não gostem, possam compreender que sou apenas alguém que gosta de escrever e deseja, sobretudo, aprender com os variados estilos pelo qual tenho certa afeição, mesmo que não siga um próprio ou pré-definido. Leiam e tirem suas próprias conclusões:
Mais uma noite que ele passava trancado dentro de casa. Não podia ouvir o som doce de uma suave melodia romântica que saía de seu rádio estéreo. Muitas coisas para fazer, mas não mais as faria.
Cansado de seu emprego. Um trabalhozinho medíocre e rotineiro que ele julgava ser pouco para seu potencial. Queria escrever mais que simples notas nos classificados. Sempre sonhara em colunas, ou editoriais, que, mesmo não podendo assinar seu nome, sentiria-se mais realizado. Mas o salário compensava sua frustração, até que o vazio no campo profissional fosse tamanho, que sentia-se mais como uma peça mecânica, indispensável, mas sem destaque algum.
Ao menos tinha um noivado. Ela, linda, morena, olhos castanhos, mesma cor dos cabelos. rosto infantil numa mente de mulher. Mulher essa que não era mais sua. Terminaram havia dois meses e ela já estava feliz de novo, com outro. Enquanto ele, ao invés de remoer-se pelo amor perdido, tentava, frustradamente, conseguir um novo amor. Ainda era jovem e tinha tempo, até que essa desculpa não colava mais e a solidão era grande demais para suportar.
Seus amigos podiam consolá-lo, quem sabe? Mas qual? Seu amigo mais próximo havia conseguido um emprego como correspondente internacional em Londres,e se falavam somente por videoconferência. Podia sentir o frio de Londres atingir sua amizade enquanto conversavam. Seu amigo era ocupado demais. Tinha uma velha conhecida por perto, mas ela agora estava casada com um marido violento e ciumento. Se a procurasse para conversar, provavelmente causaria uma briga e vários hematomas nela. Não queria causar problemas para ninguém, mesmo que, para isso, tivesse que sustentar seus próprios.
Levantou-se de seu devaneio. Trancou-se em casa, ligou o aparelho de som, pegou um vinho, o mais antigo que tinha e o pôs para gelar, enquanto preparava-se para um banho memorável em sua banheira. Gastou quase todo o recipiente de sais de banho, bem como demorou quase uma hora inteira deitado, refletindo e com um sorriso em seu rosto. Saiu do banho, vestiu-se das roupas que ele mais gostava de usar e foi tomar seu vinho, acrescentando um estranho conteúdo à bebida, e misturando logo em seguida.
Demorou algum tempo e não mais pôde ouvir a música que tocava na estação escolhida. O último barulho que escutou, foi da taça de vinho caindo de sua mão e se estilhaçando pelo chão da sala. Seus olhos demorarm um pouco mais, e fitavam um teto branco gelo pouco antes de fecharem, pesados. Peso este que alastrava-se por seu corpo, tirando suas frustrações.
Era a segunda noite que aquele corpo jazia deitado no sofá. Na secretária eletrônica, um telefonema de uma companhia de cartões de crédito e um de seu trabalho, questionando-o por não mais aparecer. Mais uma noite que ele passava trancado dentro de casa. Não podia ouvir o som doce de uma suave melodia romântica que saía de seu rádio estéreo.Muitas coisas para fazer, mas não mais as faria.
Bom, espero que tenham gostado desse texto. Não tenho a menor idéia de quando postarei um próximo. Para terem certeza, aconselho a assinarem o feed , mas apenas se realmente sentirem vontade disso. Me despeço agora e aguardo os comentários(dos quais senti falta =D).
sábado, 11 de outubro de 2008
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18 comentários:
Bem legal o texto, você que fez?
abraços!
http://wallnosekai.blogspot.com/
É tão difícil assim acreditar que sou eu que escrevo os textos?
bom texto!
Tá vendo só cara, você escreve tão bem que a galera não crê rsrsrrsrs.
Um abraço!
www.bloginside.wordpress.com
Muito bom...muito bom mesmo
Parabéns!!
Abraço
Gregory, vc tem um estilo de escrever bem envolvente, então não estranhe se encontrar pessoas que perguntem se foi vc mesmo que escreveu. Parabéns!
Gostei de sua visita no meu blog e volte sempre...http://rascunhosdeandreavaz.blogspot.com/
Gostei muito mesmo do texto...
Vc escreve muito bem!
Abraços!
"Depois de um longo tempo sem postar, aqui estou eu com um pequeno texto."
-Pequeno texto Oo?!
hauahua zuando, ficou massa. A espera é uma coisa cruel
realmente, bom texto!
Ótimo texto. Também gosto de fazer crônicas e contos. Misturo coisas que acontecem no meu cotidiano com toques de invenção.
Parabéns!
Abraço.
Ótimo texto. Também gosto de fazer crônicas e contos. Misturo coisas que acontecem no meu cotidiano com toques de invenção.
Parabéns!
Abraço.
parabens pelo blog e pelo texo
gostei d+++
coeso e liberto!
--
http://raciocinioquebrado.blogspot.com/
bem legal o texto, você que fez?[2]
xD
abraços!
http://wallnosekai.blogspot.com/
Bem pequeno mesmo!
auhuahuahu. Você quem escreveu? Muito bom!
Beijo!
www.oquevocequerserquandocrescer.blogspot.com
Cara, adorei a obra cíclica. Gosto de histórias assim. Eu já me lamentava pelo personagem "pobre dele, nem amigos tem mais" quando descobri a morte.
Gostei mesmo.
Você disse que tem deixado de lado o blog mas eu vou te adicionar aos favoritos do meu para que assim quando você atualizar eu saiba e possa vir ler, tudo bem?
Thiago Assis
www.thiagogaru.blogspot.com
Sobre teu comentario no meu blog
"A solidão pode tornar-se apenas uma vontade de compartilhar a felicidade."
Gostei dessa parte, não lembro de já ter pensado assim.
Oi...Passa por lá...tem as novas aventuras de Maísa...
Tchau Tchau
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