De volta e com um novo conto. Hoje meu dia não foi muito bom. Mas acho que nã deva comentar sobre ele aqui por estar tão ansioso com o retorno de vocês sobre o primeiro capítulo do conto, que esqueci de ficar chateado com o dia.
Nesse conto eu trago algo a mais, uma música para cada capítulo. Comecei a escrever o conto sem elas mas, ao passar da narrativa, vi que elas conseguiam transmitir parte da "emoção" que deixei apenas escrita. Espero que gostem.
Bom, antes do primeiro capítulo, aqui está o download da primeira música:
Amsterndan - Coldplay
Se quiserem ouvi-la, é só fazer o download. O arquivo não é tão grande assim Mas se optrem por não fazer o download, não há problema, pois não há citações da música no texto e nem esta é necessária para a compreensão do texto.Entretanto, quem for baixar, aconselho a ler enquanto escuta a música, mas é apenas um conselho.
Agora sim, aqui está o primeiro capítulo do novo conto. Leiam e tirem suas próprias conclusões:
Costumava freqüentar bares paulistanos à procura de alguém que lhe tirasse esse vazio, mas nunca conseguiu nada mais do que algumas boas noites de sexo. E, a cada nova tentativa, mais uma frustração. E ele estava começando a ficar cada vez mais em casa, sozinho.
Costumava se perguntar o que lhe faltava. Não era feio: Esguio, era branco e possuía olhos azuis que lembravam a cor do céu, que faziam um belo contraste com seus cabelos negros curtos e bem tratados. Sempre foi habituado a tratar as pessoas com igualdade, sem se fazer valer por sua classe social e não consegue se recordar se alguma vez tratou alguém mal, não que não tenha se desculpado posteriormente. Mesmo assim era infeliz.
Ele costumava ficar sentado em sua cama usando seu laptop para ler e-mails e resolver qualquer problema de trabalho que surgisse. Mas nunca deixava de olhar para o céu noturno da cidade de São Paulo, à procura de algo bem maior do que o brilho de uma ou outra estrela que aparecia naquela visão.
E Beatriz não se cansava de procurar no brilho das estrelas uma razão para continuar vivendo. Não que vivesse mal ou algo do tipo, apenas não conseguia mais suportar a falta de alguém para amar.
Tinha 27 anos bem vividos. Mas não conseguia entender o porquê de estar naquela situação naquele momento de sua vida. E, não entender, estava consumindo-a por dentro. Viver em São Paulo estava se tornando um fardo para ela. E ela não queria mais, mas também não desejava mais ir para algum outro lugar.
Nos seis meses que passou na cidade, conheceu apenas um rapaz, que lhe fora gentil, mas apenas com a intenção de levá-la para a cama, e sumiu após ter conseguido. E ela estava farta de ficar sozinha, mas não queria qualquer um, apenas alguém que a tratasse com carinho, que a amasse, e que ela pudesse amar.
A noite paulistana não a atraía mais, as luzes, os ruídos, não a fascinavam, não tanto quanto o céu, que se revelava tímido naquela cidade (por culpa da poluição), e o brilho das estrelas, por mais raras de serem encontradas, eram o conforto que Beatriz precisava naquele momento, pelo menos para dormir e, enfrentar mais um dia de trabalho no restaurante no qual trabalhava. Precisava dormir, e, fechando os olhos em sua cama, caiu nos braços de Morfeu.
Rômulo já não queria mais resolver seus problemas, no dia seguinte terminaria seu trabalho, não precisava ter pressa. Além do mais, olhar para o céu noturno era mais intrigante. Perceber pontos cintilantes piscando para ele era como se fossem companheiras para sua solidão e, desligando seu laptop e o colocando na mesa de cabeceira, ficou a olhar o céu de sua cama. Adormeceu sob o céu paulistano e o brilho das estrelas.
Mas aquelas mesmas estrelas que eram companheiras de Beatriz e Rômulo pareceram entender que, aqueles dois precisavam um do outro, e que deveriam se conhecer, mas isso seria um outro dia.
Espero que tenham gostado. Tanto da música quanto do conto. Acho que é só isso. Volto semana que vem com o segundo capítulo. E só mais uma coisa: Ainda estou escreveno esse conto, então não posso dizer quantas partes ele irá possuir.