É isso.
Acho q esse blog já ficou inativo por tempo demais. Além disso, eu mudei, a vida mudou e não faz mais sentido continuar com esse blog sendo que minhas necessidades são maiores do que o mesmo. Não é o fim e nem muito menos espero deixar de postar ou algo do tipo. Apenas migrei para outro espaço, levando comigo todos os momentos bons que este blog me trouxe.
Agora nos encontraremos no http://bit.ly/greg_vancher
Vejo vocês lá,
Gregory Vancher
sexta-feira, 18 de junho de 2010
quarta-feira, 27 de janeiro de 2010
Novo ninho
A chuva ainda caía forte, como era de costume nas tardes de verão do Rio de Janeiro, enquanto ele assistia a tudo da janela do seu novo apartamento. Carros passando com dificuldade, pessoas paradas em marquises ou em pontos de ônibus com alguma cobertura, pombos e outras -raras- aves escondendo-se em árvores ou cantos cobertos para se abrigar da chuva, todos esperando aquela tempestade passar.
E pensar que há tão pouco tempo aquela era a vista de sua nova casa. E que, há mais tempo ainda, nem sequer sonhava em mudar-se de seu antigo lar. E agora, observando a chuva, divagava sobre a mudança repentina e forçada em sua vida. E, em momento algum se arrependera de suas escolhas, por mais que tivesse pouco a escolher.
E antes de conseguir um lugar ele sofreu. Sua antiga casa, que antes era um lar, parecia-se mais como um purgatório. Onde todos os seus pecados -ou o que quer que a sociedade condene como pecado- eram expostos e relembrados. E, mesmo que ele não pudesse sentir culpa por nenhum deles, ainda assim sofria por sua natureza. Simplesmente pagava por seguir sua natureza, que não diferia da de qualquer pessoa normal, mas ainda assim diferia do que era padrão e do que era esperado e, por isso, era julgada como condenável. Mas ele esperou.
Ainda não era hora de mudar, ainda não era hora de sair. Sabia que, qualquer atitude impensada e impulsiva teria suas consequências, mais ruins do que boas. Precisava aguentar todas essas condenações por algum tempo, ao menos o tempo necessário para que sua metamorfose fosse completa, aí então poderia alçar seu vôo livre e procurar seu lugar.
Não sozinho, pois assim nunca esteve. Sempre com amigos -que não o condenavam, mas o amavam essencialmente pelo que era- que eram sua verdadeira família. Pois, mais do que uma ligação sanguínea, uma família é escolhida por laços de alma e de coração. Estes sim, mais valiosos do que qualquer sangue, azul ou vermelho, que possa existir. E era essa família que lhe dera asas para poder voar.
E, assim, ele pôde se libertar. Morrer para o antigo casulo de sofrimento, recriminação e dor e procurar seu ninho, um lugar seguro onde podia ser quem realmente quem ele era. E agora lá estava ele, seco, são, salvo e liberto. A contemplar a tempestade que começava na cidade lá fora.
Enquanto a tempestade de sua vida, seguramente, já havia passado.
E pensar que há tão pouco tempo aquela era a vista de sua nova casa. E que, há mais tempo ainda, nem sequer sonhava em mudar-se de seu antigo lar. E agora, observando a chuva, divagava sobre a mudança repentina e forçada em sua vida. E, em momento algum se arrependera de suas escolhas, por mais que tivesse pouco a escolher.
E antes de conseguir um lugar ele sofreu. Sua antiga casa, que antes era um lar, parecia-se mais como um purgatório. Onde todos os seus pecados -ou o que quer que a sociedade condene como pecado- eram expostos e relembrados. E, mesmo que ele não pudesse sentir culpa por nenhum deles, ainda assim sofria por sua natureza. Simplesmente pagava por seguir sua natureza, que não diferia da de qualquer pessoa normal, mas ainda assim diferia do que era padrão e do que era esperado e, por isso, era julgada como condenável. Mas ele esperou.
Ainda não era hora de mudar, ainda não era hora de sair. Sabia que, qualquer atitude impensada e impulsiva teria suas consequências, mais ruins do que boas. Precisava aguentar todas essas condenações por algum tempo, ao menos o tempo necessário para que sua metamorfose fosse completa, aí então poderia alçar seu vôo livre e procurar seu lugar.
Não sozinho, pois assim nunca esteve. Sempre com amigos -que não o condenavam, mas o amavam essencialmente pelo que era- que eram sua verdadeira família. Pois, mais do que uma ligação sanguínea, uma família é escolhida por laços de alma e de coração. Estes sim, mais valiosos do que qualquer sangue, azul ou vermelho, que possa existir. E era essa família que lhe dera asas para poder voar.
E, assim, ele pôde se libertar. Morrer para o antigo casulo de sofrimento, recriminação e dor e procurar seu ninho, um lugar seguro onde podia ser quem realmente quem ele era. E agora lá estava ele, seco, são, salvo e liberto. A contemplar a tempestade que começava na cidade lá fora.
Enquanto a tempestade de sua vida, seguramente, já havia passado.
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