domingo, 31 de agosto de 2008

Sábias estrelas de São Paulo (Parte IX)

Olá,
Desculpa a demora mas eu disse que ia demorar(pelo menos eu avisei). Dessa vez tive muito pouco tempo pra postar devido a muitos textos e trabalhos para serem lidos/feitos na facul. Espero que entendam.
Sobre o capítulo, bom, é o último então não tenho muito que falar sobre o mesmo. Quanto ao próximo capítulo, que seria o epílogo(que eu gostei muito de ter feito) eu tenho um grande problema pela frente: Ele está gigantesco. Geralmente eu escrevo uma ou duas páginas no word mas no epílogo, eu escrevi quatro páginas! Então cabe a vocês a decisão se posto tudo de uma vez ou se divido para vocês lerem aos poucos. Eu, como curioso que sou, votaria por ler o epílogo por inteiro de uma vez só, mas não é uma decisão minha, respondam por comentário.
Por falar em comentário, eu gosteria de dizer que ninguém que lê é obrigado a comentar, nem mesmo a ler, se achar muito grande, ou muito ruim... Então, sintam-se livres para comentar ou não...

Vou deixar de papo e postar logo o capítulo final. Ah! A música é "Good Enough" do Evanescence. Não falo muito ou então vou ficar babando pelo evanescence e deixar de postar (coisa de fã). Leiam e tirem suas próprias conclusões:



Os olhos de Rômulo agora se esquivam do olhar de Beatriz, tentando também evitar o rubor em sua face. Mas percebendo que fora tarde demais e, uma vez que começou a falar, sentia que deveria continuar, por mais ridículo que pudesse parecer.

Os olhos de Beatriz, bem como a dona daquele olhar, ainda esperavam que ele continuasse.

- Foi desde o momento que eu pisei naquele restaurante, Beatriz. Desde quando eu vi você.

Beatriz permaneceu imóvel, como se espantada aos olhos de Rômulo, mas bem ela sabia que estava imóvel por se dar conta de que seu sofrimento diminuira quando, pela primeira vez avistara Rômulo.

- Eu queria até pedir desculpas por ser um pouco direto e parecer até mesmo infantil mas, eu simplesmente não consigo evitar, muito menos explicar o porquê disso.

Rômulo terminava de dizer as palavras ansiando por alguma reação de Beatriz, que parecia inerte, a não ser por seus olhos perplexos que pareciam refletir algo que nem ela mesma conseguia ainda expressar.

- Eu ainda não entendo muito bem. Mas sei que eu precisava te conhecer e, de certa forma, ainda preciso de você. E tudo o que eu senti durante esses poucos dias, foi mais intenso do que boa parte da minha vida, como se eu vivesse apagado por boa parte dela. Bom, até ontem, no dia que eu vi você...

Ainda ecoavam na cabeça de Beatriz, todas as palavras ditas por Rômulo, acrescidas de confirmações de seus próprios sentimentos, antes ainda não descobertos. Seu corpo parecia voltar a se mover, mas ela mesma não conseguia direcionar-se ao certo.

Seus pensamentos de evitar um outro relacionamento foram expulsas de sua mente pelas palavras doces, e inseguras de Rômulo que ela sabia serem ditas com o medo da rejeição, um medo infundado, mas que ele não sabia disso ainda.Ao pensar nisso, seu rosto não conteve um leve sorriso que ela não protestou em manter.

- Sabe, Rômulo. Você disse coisas que eu mesma teria dito, por estar sentindo a mesma coisa. A gente sofreu muito e, inexplicavelmente, a vida deu essa chance da gente se conhecer e, sabe, eu acho que a gente devia aproveit...


Suas palavras foram interrompidas por lábios colados aos seus, enquanto sua nuca sentia o toque macio da mão de Rômulo, puxando-a para si, enquanto a envolvia, passando o braço esquerdo por sua cintura. O tocar de lábios foi intenso, porém tenro e carregado de um bem estar que ia penetrando por cada parte do corpo de Beatriz, fazendo-a entregar-se nos braços de Rômulo, envolvendo seus próprios braços no corpo dele.

Aos poucos os lábios foram se movimentando, selando duas almas num beijo doce e suave, mas não por isso sem paixão, que parecia transcender seus corpos e estava presente em cada milímetro daquele lugar, antes uma rua fria e escura. Inclusive no céu, que revelara suas mais brilhantes estrelas para agraciar a união de Beatriz e Rômulo.
Até que Beatriz coloca suas mãos nos ombros de Rômulo e os separa do beijo.

- ... Rômulo...
- O que foi Beatriz?

E ela procurava absorver cada milímetro do rosto de Rômulo enquanto pensava numa maneira melhor de expressar seus sentimentos, com um sorriso no rosto que ela não conseguia conter, e nem ao menos tentava. O medo e a indecisão já trocados pela felicidade de encontrar alguém como ele. “E ele beija tão bem...”

- Nada não... Onde é que a gente estava mesmo?

E, enquanto Rômulo abria um sorriso que durou poucos segundos, Beatriz aproximava suas bocas novamente. Juntando duas almas feridas que, juntas, ganham uma chance de se concertar.

E lá do alto, as estrelas contemplavam sua missão cumprida. Todo o esforço valeu à pena. Todo o sofrimento, dor e angústia foram lavados de seus corações para que eles pudessem perceber que ninguém está realmente sozinho, mas apenas vendado por um sofrimento que parece custar a passar. Mas o que só as estrelas sabem é que isso não é para o mal, ou até mesmo para a dor, mas sim para deixar o caminho livre para, quem sabe um novo amor.

* * *

Bom, é isso... Não vou comentar muito. Vou esperar o epílogo para isso. Espero que tenham gostado e não se esqueçam que ainda tem o epílogo. Até lá. Será na semana que vem, eu eu não vou adiar nem um dia. Até o dia 07 de setembro!

terça-feira, 12 de agosto de 2008

Sábias estrelas de São Paulo (Parte VIII)

Olá,
Antes de pedir desculpas por demorar a postar, queria argumentar que a semana anterior foi atribulada (trabalho logo na primeira semana da facul... =P). Fora o problema de adaptação (acordar às 4h da matina qdo antes acordava às 7, fora o sono que perdurava pelo dia e a fome, uma vez q agora só almoço às 15h). Mas mesmo assim quero pedir desculpas pelo atraso, apenas gostaria de apresentar minhas razões para tal feito.
Agora falando sobre a parte VII: Era pra ser uma cena a mais da cena VII, mas eu a aumentei a tal ponto que deu mais uma parte, espero que gostem ,pois é a penúltima (isso sem contar o epílogo, que já comecei a escrever). A música dessa parte é "Such A Rush" do Coldplay. É a seguda música da banda nesse conto e não sei se será a última pois, escrevi esse conto escutando muito Coldplay (que empata com o Evanescence no quesito favoritas, mas não tem como me inspirar num romance ouvindo Evanescence, por mais que eu goste), mas espero encontrar algumas outras músicas para colocar no lugar das do Coldplay. Mas vamos parar de papo que vocês devem estar querendo ler logo a parte VIII.
Leiam e tirem suas próprias conclusões:


Sete horas. Ela precisava sair dali.Não que quisesse, mas lembrara que seu trabalho a impedia de ficar até tarde fora de casa. Mesmo que não quisesse, ela precisava sair dali, e isso a afligia.

- Tenho de ir, Rômulo
- Mas por quê?

Levantou-se. E foi acompanhada pelo olhar apreensivo de Rômulo. Beatriz continuava a olhar as horas no relógio da livraria enquanto saía de sua cadeira. E Rômulo também levantou, pois a conta já havia sido paga por ele em momentos de conversa perdidos no tempo. Seus olhos, ao encontrar nos de Beatriz o reflexo do relógio, compreendera que o tempo não havia parado, mas apenas dado esta ilusão.

- Entendi, você não podia demorar... Desculpe-me
- Não Rômulo, não se desculpe, eu que não prestei atenção na hora mesmo, eu dev...

Ela parou no instante em que Rômulo colocou uma de suas mãos em seu ombro, a acompanhando até a saída. Começara a entender o porquê de um simples e inocente tocar de dedos em sua pele, a fez parar, mas procurou não pensar nisso. Deveria sair mesmo daquele lugar, e, assim, acompanhou Rômulo.

Ele a levou para a saída da livraria e foi acompanhando até umas quadras em silêncio, quando decidiu comentar:

- Desculpe ter feito você ficar tanto tempo assim. Você deve estar muito atrasada, não?
- Um pouco, mas preciso mesmo ir pra casa.
- Tudo bem, espero que a gente possa conversar outro dia...
- Eu também, foi bom passar esse tempo com você.

E continuaram a conversar enquanto andavam mais algumas quadras, a caminho do restaurante onde ela trabalhava, que era perto da casa de Beatriz. O céu noturno estava límpido, ao menos o mais límpido que a poluição permitia estar. As estrelas estavam aparecendo timidamente, e brilhando mais intensas, à medida que outras começavam a aparecer. A temperatura começava a baixar, não como um frio gélido, mas como uma brisa noturna que acalentava a população. Até o transito, ao menos no espaço percorrido por Rômulo e Beatriz era mais ameno e sem nenhum indício de congestionamento ou barulho.

- Beatriz, Você realmente passou por tudo aquilo que você me disse?
- Foi sim. Minha vida tem sido um pouco difícil desde que cheguei aqui.
- A minha também não é das melhores, né?

O olhar de ambos se cruza.

- Até nisso nos parecemos, até nessa solidão...

Falou um Rômulo tentando sorrir lembrando de uma dor passada.

- É. Mas sabe que eu não me sinto mais tão assim...

Beatriz relembra de uns recentes dias...

- Nem eu. Faz pouco tempo... Foi desde quando eu...


Podem deixar os bonequinhos voodoo de lado que eu só vou colocar a parte final quando eu conseguir,mesmo assim com um intervalo mínimo de uma semana. Mas calma que a espera vai valer à pena.Afinal, vai ser o último capítulo mesmo, eu tinha de colocar uma 'tensãozinha' ,não é? Até a próxima parte, espro que comentem ...